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Diário de Sobrevivente - Blake Forest Garnett

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Mensagem por Blake Forest Garnett Dom Jan 10, 2016 11:35 am



Blaze Forest Garnett
 

Introdução: Memórias Distantes

  Meu nome é Blaze Fores Garnett, nascido em algum lugar de Nova York porém este não fora meu lar, desde que tenho plena consciência da vida não me recordo de ter tido um local para chamar de lar. Quando criança eu vivia pelas ruas engraxando sapatos, lavando para-brisas dos automóveis no sinaleiro ou apenas afanando carteiras e celulares, não me orgulho de ter roubado pessoas honestas que batalharam para obter suas posses,mas era isso ou passar fome.  

Eu acredito que pela minha realidade, a verdade que enxergo sobre o mundo de agora e o mundo que acabou-se neste apocalipse é de que poucas coisas mudaram realmente, a fome sempre existiu para muitas pessoas mesmo antes do mundo entrar em colapso, pessoas já roubavam outras e eu fui uma dessas pessoas, algumas roubavam por necessidade e outras por ganância e cobiça.

Talvez eu seja a única pessoa a acreditar que já vivíamos em um apocalipse antes dessas coisas surgirem e terminarem de enfiar o mundo em um caos, pessoas poderosas já nos faziam passar fome, líderes nos governavam de acordo com seus próprios interesses enquanto a população definhava dia após dia. Com o apocalipse dos mortos o apocalipse dos vivos teve seu fim, as coisas ficaram mais difíceis nos tempos de hoje e as pessoas sentiram o peso de terem a sua vida na palma de suas próprias mãos, elas ficaram perdidas sem um governo para lhes dizer o que deveriam fazer.

Muitos disseram que os militares foram os que mais estavam prontos para tudo o que aconteceu, que nosso treinamento nos tinha ensinado a sobreviver às mais adversas situações,mas eu penso diferente, nosso treinamento nos ensina a ouvir nossos instintos de sobrevivência. O treinamento aguça nossa capacidade de lutar por nossas vidas e agir em meio segundo quando nossa vida depende de uma decisão que levaria 1 segundo inteiro, agir e pensar em milésimos de segundos é o que o treinamento nos ensina.

Deve estar se perguntando por que eu digo "nosso", "nos", "nós" quando me refiro aos militares, é por que apesar de ter sido um "meliante" durante minha infância eu não queria viver daquela forma por toda minha vida, eu me recusava a aceitar o que a vida me empunha e não queria ser um ladrão para sempre. O que deve estar passando em sua cabeça é " como ele saiu dessa vida? ", a resposta é que foi por puro azar e pura sorte.

O outono estava acabando mais rápido do que de costume em Nova York, eu estava me sentindo fraco, cansado e um pouco doente por falta de comida, abrigo, roupas apropriadas para as noites que ficavam cada vez mais frias e alguém que pudesse me prestar apoio ou cuidados básicos. Caso esteja se perguntando quanto aos meus pais, eu não sei nada sobre eles, a figura paterna que tive foi um senhor que cuidou de mim até que eu pudesse me virar sozinho, aos 7 anos de idade foi embora e me deixou por minha própria sorte.

Acredito que a decisão dele de me deixar foi a melhor coisa que já havia feito por alguém, isso me manteve vivo nos dias de hoje, quando criança eu não consegui resistir muito bem com a chegada do inverno e adoeci após semanas sem ter o que comer, minha imunidade abaixou muito e contraí uma gripe muito forte que me fez arder em intensa febre.

Estava caminhando em passos arrastados pela região central de Nova York enquanto sentia minha pele arder devido a febre, me sentei para descansar um pouco e senti meus olhos arderem e as pálpebras pesarem, minha visão ficou levemente turva após um ataque de tosse que fez meu peito latejar de dor. Um casal que saia de uma loja de agasalhos passou por mim em passos apressados e provavelmente a mulher não percebeu que ao tentar guardar sua carteira na bolsa a mesma estava fechada, a carteira caiu a uns dois metros de mim e vislumbrei a chance de poder comer alguma coisa aquela noite.

Algumas pessoas não acreditam na lei do retorno e pensam que é besteira, eu era uma dessas pessoas antes de decidir pegar a carteira da mulher e ir atrás do casal para entrega-la a sua legítima dona. Eu não corri gritando e chamando, até por que minhas condições no momento não me permitiam fazer tal coisa, minha enfermidade parecia ter se agravado com o início do inverno que viera rigoroso naquele ano.

Hoje acredito que o provável marido da mulher havia percebido que eu os seguia e em determinado momento ele parou na calçada e perguntou o que eu queria, eu estava fraco e cansado de caminhar tanto e buscava sem sucesso respirar. Só tive o tempo necessário de estender a mão entregando a carteira da mulher e tentar dar meia volta para seguir com minha vida, mas subitamente senti um alto zunido em minha cabeça e ver as coisas escurecerem e girarem bruscamente até sentir o impacto contra o chão duro e frio.
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Mensagem por Blake Forest Garnett Ter maio 24, 2016 3:11 pm



Blaze Forest Garnett
 

Introdução: Memórias Distantes II

 Sabem, tive sorte de adoecer e ter um desmaio próximo àquele jovem casal, em resumo dos fatos eles se tornaram meus pais adotivos, me socorreram e acompanharam nos tratamentos no hospital, foram excelentes para mim até que completei a maior idade e fui prestar serviço ao meu país. Minha carreira militar foi muito gratificante antes do caos se instalar nas entranhas da humanidade, recebi condecorações das mais diversas, tive a oportunidade de receber uma medalha do próprio Presidente dos Estados Unidos, foi um grande marco em minha vida, porém, outro estava por vir.

Já com meus trinta e dois anos completos fui enviado à uma missão especial, algo que me fora dito por um jovem soldado técnico em comunicação estávamos sendo convocados para irmos até Washington para conter uma praga, parecia que pessoas contaminadas por alguma doença estavam se tornando extramente agressivas ao ponto de cometer atos canibalescos. Reuni dois pelotões de jovens soldados que queriam mostrar serviço ao seu país e orgulhar seus familiares com seu bom trabalho, ainda hoje carrego suas plaquetas e o arrependimento desta minha atitude, eu não sabia o que estava fazendo.

A guerra contra homens era fácil, matar outras pessoas armadas sabendo do que elas eram capazes nos deixou despreparados para enfrentar o que jamais havíamos visto antes, era como estar em um filme de terror onde zumbis desejavam comer nossas entranhas, mas a realidade era muito pior. Aquelas criaturas, sim digo criaturas pois ser humano algum em plena consciência seriam capazes de cometer tais atrocidades sem ao menos exitar por 1 segundo que fosse, aquelas criaturas eram horrendas, se lançavam em investidas ferozes como bestas selvagens vindas dos mais obscuros abismos infernais.

Seus gritos e grunhidos faziam os mais bravos homens suarem frio e recuar, dois, três passos até soltarem suas armas e correrem para os carros blindados,muitos tentavam cortar caminho por entre as feras atirando e golpeando buscando uma passagem, ainda me lembro de um jovem garoto de seus vinte e poucos anos cometer este erro, em menos de trinta segundos ele teve seu braço direito arrancado por duas criaturas, seus gritos eram guturais ao expressar sua dor, até mesmo eu não suportei a cena e fechei meus olhos para não ter de vomitar em frente aos meus comandados.

A iniciativa de contensão falhou miseravelmente, eu um experiente Tenente Coronel da Infantaria Bravo IV, Comandante do Pelotão de Ações Especiais Bravo II havia perdido mais de 8 homens naquele dia, a tática da S.D.N ( Secretaria de Defesa Nacional ) havia sido um verdadeiro fiasco, em menos de 12 horas as criaturas haviam tomado total controle de Washington, em 24 horas mais três cidades próximas estavam inabitáveis para os seres humanos.

Naquele fim de tarde antes da cidade ser completamente tomada fui até a casa de meus pais para me assegurar de que estavam bem, desci do Jeep enquanto os soldados que restaram me davam cobertura e me escoltavam até a porta de casa, a abri sem ao menos bater e logo gritei pelos meus pais. Minha desceu rapidamente e me abraçou com carinho, ela estava preocupada e logo me perguntou se eu estava bem, concordei e lhe disse para fazer as malas que a levaria embora dali. Ela exitou e depois se negou, isso foi um choque para mim, mas ela não queria ir sem meu pai, ele havia sido convocado para servir ao Exército contra as criaturas também e ainda não havia dado notícia alguma.

Sem pensar duas vezes acionei todos os Técnicos em Comunicação que eu tinha ao meu dispor naquele agrupamento, eram 5 no notal lhes dei a ordem de contactar todas as unidades de de contenção que pudessem em busca de meu pai, em poucos minutos tive a notícia de que ele havia sido morto por uma das criaturas, sua morte foi honrosa, ele havia abandonado seu agrupamento para salvar um jovem companheiro que havia ficado para dar cobertura à sua equipe, ele havia se tornado pai dias antes de tudo acontecer e meu pai sabia o que era chefiar uma família e decidiu lutar para dar essa oportunidade ao jovem rapaz, tomou seu lugar e o mandou sair dali, o rapaz conseguiu fugir mas ao custo da decisão de meu pai. Quem me contou essa história fora o próprio soldado, ele agradeceu a bravura de meu pai, graças à ele o soldado teve a oportunidade de voltar para casa e resgatar sua esposa e filho, ele me perguntou o nome de meu pai Charlles Forest Garnett, ao ter sua resposta ele disse que este seria o nome de seu filho, em homenagem ao homem que lhe dera a oportunidade de ser pai.
 
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